Relatoria da I Reunião do GT de Relações Raciais e Interseccionalidades.

05/04/2019 05:07

Relatoria da I Reunião do GT de Relações Raciais e Interseccionalidades.  
 

A reunião ocorreu no dia 04/04/2019 (quinta-feira), das 18:30 às 20:10, na Sala 509 (Sala de áudio e vídeo), 5º Andar, Instituto de Geociências/UFF (Av. Gal. Milton Tavares de Souza, s/nº, Campus da Praia Vermelha, Niterói – RJ).

 

Pauta:

1 – Apresentação do GT:

 

Relato das premissas e do contexto que levaram a criação/participar do GT

 

A reunião começou às 18:37 com a fala do participante Ronald Coutinho (1º Tesoureiro da AGB-Niterói e participante do GT de Ensino da AGB-Niterói). Em sua fala foi apresentada as premissas que levaram a AGB-Niterói a criar o GT de Relações Raciais e Interseccionalidades. Nesse relato, foi apresentada de forma breve a questão da conjuntura política escala nacional, estadual e municipal (área de abrangência da AGB-Niterói - em especial nos municípios de Niterói e São Gonçalo). Após esse momento, foi falado que a criação do GT vem da percepção da importância de criar um espaço onde pesquisadoras(es) e militantes sobre as relações raciais nas suas mais diversas interseccionalidades possam dialogar e tocar projetos de efetiva intervenção na sociedade.

Após a fala, começou um processo de apresentação das(os) presentes[1]. Com a chegada do professor Gabriel Fortunato (Doutorando na UFF) também foi abordada a necessidade de se fortalecer a atuação junto a UFF e aos movimentos sociais. Além disso, foi apresentada a importância de fazer um movimento de Leitura/Produção/Intervenção, pensando tal processo como fundamental para a formação das(os) participantes.

 

Apresentação sobre as formas de funcionamento de um Grupo de Trabalho para a Associação de Geógrafos Brasileiros

 

Após a apresentação das premissas que levaram a construção do GT, foi feita uma apresentação sobre o que é um Grupo de Trabalho (GT) para a Associação de Geógrafos Brasileiros – Seção Local Niterói (AGB-Niterói). Em linhas gerais, foi apresentado que os GTs são fóruns onde as/os participantes vão se articular em torno de temáticas que exigem acúmulo e intervenção; temáticas que compõem campos de problemáticas. Reflexão, discussão, acúmulo, intervenção. Este movimento possibilita os GTs, subsidiarem a tomada de posições pela entidade em nível local e nacional.

Foi apresentado também, que independente da espacialidade, a produção coletiva de posicionamentos é a essência desta forma de participação, e isto tem sido o centro da proposta das ultimas gestões da Seção Local Niterói.

Esses posicionamentos, podem resultar (no curto, médio ou longo prazo) em/no:

  • Atividades (de divulgação, de conscientização ou problematização, como mesas redondas, palestras ou cursos sobre os temas, quase sempre articulando atores envolvidos, seja movimentos sociais, professores, acadêmicos, etc.);
  • Fortalecimento de aliados (como movimentos sociais, sindicatos, entre outros);
  • Questionamentos institucionais (a órgãos públicos ou entes privados, de acordo com a situação);
  • Ações judiciais (junto a ministério público, p. ex.);
  • Formulação de documentos (como ofícios, cartilhas, manifestos, coletâneas de textos, etc.);
  • Grupos de discussão sobre os temas.

 

2 – Dinâmica de grupo suleadora por “perguntas-disparos”.

A saber:

i) O que, individualmente, esperamos do GT de Relações Raciais e Interseccionalidades?

ii) Quais são as linhas de pesquisa/interesse de cada presente?

iii) Qual é nosso objetivo?

iv) Quais serão nossas linhas de ação?

v) Quais os objetos possíveis de estudo?

vi) Qual será nosso plano de trabalho?

 

A primeira a participar da dinâmica e se apresentar foi a professora Fabrícia Correa (2ª Tesoureira da AGB-Niterói e participante do GT de Ensino da AGB-Niterói). Em sua apresentação, ela afirmou que a sua participação na reunião do GT de Relações Raciais e Interseccionalidades se dá pela importância que esse tema tem em sua vida e sua prática profissional. Reforçou em diferentes momentos a importância desse espaço e o fato da AGB (e consequentemente o GT) ser aberta a pessoas de diferentes formações.

Após a Fabrícia foi a vez da Rachel Cabral da Silva, mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria, ela fez a graduação na UERJ-FFP e informou que atualmente trabalha fora da área e procura no GT um espaço de reaproximação com a Geografia e com o debate sobre a temática racial. Em seus estudos ela debateu a temática religiosa, entendendo o corpo negro enquanto espaço do sagrado.

Bruno Alves fez a graduação na UERJ-FFP e atualmente é aluno do mestrado na Geografia da UFF. Ele é participante do grupo de pesquisa NEGRA (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Geografia Regional da África e da Diáspora), tendo os seus estudos voltados para a temática do cinema negro. Durante a sua fala, ele apresentou que busca no GT uma formação política e que vê nesse espaço uma possibilidade de produção para além da academia.

Acácia Pereira é professora de história, tendo feito a graduação e mestrado na UERJ-FFP. Em seu mestrado ela discutiu a temática racial no Componente de História presente na primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ela informou que os debates ainda são muito incipientes na História, então procura no GT um espaço de discussão e formação sobre a temática. Assim como o Bruno, ela é participante do grupo de pesquisa NEGRA.

Fábio, estudante do 6º período da UFF (graduação em Geografia), faz parte do Movimento de Favelas e apresentou que a sua inserção no GT vem no sentido de fortalecer os debates sobre a temática e vislumbrar possibilidades de avançar para além das pautas já conquistadas.

Após o Fábio, foi a vez de Adriani Theophilo se apresentar. Ela fez a graduação na UFF e atualmente cursa o mestrado na UERJ-FFP. Em seus debates ela discute a questão do racismo religioso e busca no GT um espaço para fortalecer a formação com leituras para além dos clássicos. Assim como a Acácia e o Bruno, ela também é participante do grupo de pesquisas NEGRA.

Lorian, também estudante da graduação em Geografia na UFF, informou que está no final da faculdade e que compareceu ao GT por entender que a pauta das relações raciais é importante para a universidade e para a sociedade. Também informou que faz parte do recém-construído DGEO (Coletivo Negro Douglas Nicácio - Geografia UFF).

Depois do Lorian, foi a vez do Gabriel Fortunato se reapresentar. Em sua fala, ele informou que enquanto representante discente no doutorado em Geografia da UFF tem articulado diversas ações na instituição de forma a promover o debate sobre a temática racial. Além disso, ele informou que é membro do NETAJ (Núcleo de Estudos sobre Territorialidades, Ações Coletivas e Justiça). Em sua pesquisa ele vem debatendo os movimentos sociais, em especial o Movimento Negro e o Movimento Quilombola.

Por fim foi a vez do André Tinoco se apresentar. Em sua fala, ele se apresentou enquanto professor universitário na UERJ – Faculdade de Formação de Professores e militante no movimento de pré-vestibulares comunitários. Participante do GT de Ensino da AGB Niterói, em sua fala, ele também apontou que o GT tem potencial para desempenhar um papel importante no fortalecimento dos debates sobre a temática racial nas Universidades.

Feitas as apresentações, passamos para o momento de organização da Agenda do GT. Contudo, é importante destacar que, durante as falas, foram elencados alguns eventos considerados importantes para a formação política-acadêmica e fortalecimento da pauta na UFF, na AGB e na Geografia enquanto ciência. Esses eventos acabaram entrando na agenda do GT, enquanto eventos importantes de participar.

 

3 – Organização da Agenda do GT

 

Próximos eventos

- 14/05/2019 – Evento de perspectiva crítica sobre o dia 13 de maio (Evento da Pós-Graduação em Geografia da UFF).

- 30/05/2019 – Dia do Geógrafo (Evento da Pós-Graduação em Geografia da UFF)

- 17/07 a 21/07/2019 – IX Fala Professor(a) – Evento ocorrerá em Belo Horizonte - MG – Tem eixo de relações raciais e de gênero

- 02/07 e 06/07/2019 – Evento ocorrerá em São Paulo-SP – ENANPEGE 2019

 

Calendário de reuniões e do plano de trabalho.

- Como falado nas intensões iniciais, foi apoiado que o GT se estruturará em um movimento de Leitura/Produção/Intervenção;

- Em um primeiro momento, as reuniões para leituras e construção de atividades ocorrerão de 15 em 15 dias, às quintas-feiras, das 17h às 19h (podendo se estender até às 20h).

- Datas das próximas reuniões: 25/04/2019; 09/05/2019; 23/05/2019.

- Antes da próxima reunião ficou de se criar:

  • Grupo no Whatsapp - https://chat.whatsapp.com/EKsrYtjFvzhIfuiFkHfkIJ
  • Grupo de e-mail - https://groups.google.com/forum/#!forum/gt-relacoes-raciais-e-interseccionalidades-agb-niteroi
  • Formulário para cadastro de participantes - https://forms.gle/fUAtxKKk26Bag8HU8

 

Pauta da próxima reunião (25/04/2019):

1 – Informes

2 – Debate da Introdução e Cap.1 do livro “O que é racismo estrutural” de Silvio Almeida.

3 – Levantamentos de potenciais parceiros e construção das pautas do GT

Início do processo de mapeamento de movimentos sociais, coletivos e grupos de pesquisa que tenham algum debate sobre a temática racial e que se configurem enquanto futuras parcerias.



[1] O processo repedido na dinâmica de grupo. Para melhor organização, agruparemos as apresentações no ponto 2 - Dinâmica de grupo suleadora por “perguntas-disparos”.

 

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Contato

AGB Niterói
Sede: Instituto de Geociências – UFF
sala Professora Martha Ramscheid -3º andar

Av General Milton Tavares de Souza, s/nº
Campus da Praia Vermelha
Boa Viagem - Niterói – RJ
CEP. 24.210-340

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